HIV: Percepção de Risco em Idosos

quarta-feira, 27 de agosto de 2008


São vários os fatores que interferem na percepção sobre o risco de infecção pelo HIV nas pessoas que têm mais de 50 anos, decorrentes de pouca ou nenhuma informação oferecida
aos idosos, preconceitos e despreparo dos profissionais que lidam com a saúde.
A contaminação pelo vírus causador da imunodeficiência adquirida ocorre quando há troca e/ou contato com sangue ou secreções orgânicas onde existam o HIV. Pode ocorrer pelas vias sexual, sanguínea, parenteral ou ocupacional. A suspeita da infecção é confirmada pela detecção de anticorpos no sangue examinado e, as campanhas de prevenção devem ter como alvo todas as faixas etárias.
Segundo dados do Ministério da Saúde, as pessoas mais velhas relutam em fazer o teste anti-HIV. Além do fato de que se considerarem um grupo de menor risco, homens e mulheres com mais de 50 anos recebem pouca ou nenhuma informação por parte dos profissionais da área de saúde sobre
sexualidade, prática de sexo seguro e uso de preservativo. As orientações devem ser claras e compatíveis com o nível de compreensão de cada pessoa, que, em todo o planeta, ocorre uma pauperização da doença onde a contaminação se dá com maior frequência em pessoas de baixa renda e pouca escolaridade.
Segundo dados do IBGE, no Brasil a população com mais de 50 anos vem crescendo e, avanços como medicamentos para a estimulação sexual, reposição hormonal e próteses penianas levam a um prolongamento e intensificação da vida sexual na terceira idade. É importante, portanto, que essas pessoas recebam informações sobre prevenção das DST, é necessário que se solicite o teste anti-HIV, é imprescindível que se converse com eles sobre sua vida sexual.
O atraso em oferecer estas orientações pode adiar a descoberta do HIV e facilitar o avanço da epidemia da AIDS. Nos idosos, sintomas como cansaço, perda de peso e da memória podem acontecer em outras doenças próprias da idade, mascarando assim o diagnóstico.
Com relação ao parceiro sexual, deve-se incentivar o uso de preservativo nas relações em que houver penetração vaginal e/ou anal, independente da opção sexual, estado civil ou condição sorológica. Importante saber que o uso de preservativo, mesmo quando ambos são soropositivos, previne a infecção por outras DST, ajuda no controle da carga viral e diminui o risco de contaminação por vírus resistente aos antiretrovirais.

Nossos velhinhos podem até pensar que "nasceram há 10.000 anos atrás" mas ainda tem coisas neste mundo que "eles não sabem demais"
.

Bibliografia
Jornal Brasileiro de DST - vol. 19
Ministério da Saúde do Brasil - Programa Nacional de DST e AIDS
Bruna Bertocini, Karla Moraes, Irene Kulkamp
. Comportamento Sexual em Adultos Maiores de 50 Anos Infectados pelo HIV

Solange Portela, ginecologista

leia mais...

TPM

quinta-feira, 14 de agosto de 2008


Tocou, Perguntou...Morreu, Tô Pirada Mesmo, Tendência a Pontapés e Murros ...
Essas são apenas algumas das definições "bem humoradas" para a sequência das três letrinhas.
Brincadeiras a parte, a Tensão Pré-Menstrual é uma síndrome, ou seja, conjunto de sinais e sintomas que provocam alterações físicas e desestabilizam o equilíbrio emocional da mulher durante a fase lútea do ciclo menstrual.
Explicando melhor, o ciclo menstrual é constituído basicamente por 4 fases: folicular, ovulatória, lútea e menstrual, mediadas e definidas pela interação entre os hormônios da glândula hipófise e os hormônios sexuais dos ovários. Na fase lútea ou pré-menstrual, por ação da progesterona, há uma tendência a modificações do humor e algumas mudanças no corpo da mulher.
As alterações do humor podem variar desde uma leve depressão, falta de apetite, desânimo, até irritação e insônia.
Quanto as mudanças físicas, as mais frequentes são retenção de líquidos, dores de cabeça, constipação intestinal e acne.
Estima-se que em torno de 70% das mulheres em idade reprodutiva apresentam alguns destes sintomas na fase pré menstrual. Por definição, o diagnóstico de Tensão Pré Menstrual ou Síndrome Disfórica Pré Menstrual é dado quando a mulher apresenta pelo menos 5 destes sintomas na maioria dos ciclos, durante o período de 1 ano. Porém, é imprescindível afastar uma possível disfunção da tireóide que tem sinais e sintomas parecidos e merece tratamento adequado.
O tratamento da TPM varia com a avaliação de cada caso, levando-se em conta não somente exames laboratoriais e por imagem como também a historia de cada mulher. Sabe-se que os sintomas são mais acentuados naquelas mulheres com tendência depressiva ou que não lidam bem com as frustações. Por isso, muitas vezes uma simples, mas, esclaredora, orientação no sentido de mudanças de hábitos de vida como incentivo a atividades físicas, dieta rica em vitaminas, cálcio, magnésio, ferro, proteínas e com baixo teor de gorduras e dimunuição do nível de estresse através de momentos reservados ao lazer e ao repouso são suficientes. Atitudes como essas colaboram com a manutenção dos níveis de serotonina no Sistema Nervoso Central, neurotransmissor que regula o humor e a estabilidade emocional.
Nos casos mais graves pode-se lançar mão de tratamento medicamentoso. Os anticoncepcionais de baixa dosagem são uma boa opção, na maioria das vezes bem aceitos se indicados de acordo com o perfil de cada mulher. Antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina, como fluoxetina e paroxetina, podem ser usados com segurança nos dias que antecedem a menstruação.
Detalhe importante no que se refere ao diagnóstico e adesão ao tratamento é o esclarecimento e explicação oferecidos a mulher sobre o funcionamento do seu ciclo para que ela própria aprenda a reconhecer os sintomas com brevidade e encontre a sua forma de lidar com isso. Ela vai descobrir que a Temporada de Problemas Misturados muitas vezes apenas requer um Tempo Para Meditação e que nem Toda Paixão Morre...

Solange Portela, ginecologista

leia mais...

Pequim

sábado, 9 de agosto de 2008


São mais de 5 mil anos de Historia que geraram riquezas e pobreza extremas, são mais de 50 etnias falando línguas diferentes, praticando religiões diferentes, vivendo de formas diferentes. Contraditórios ? Sim. Surpreendentes ? Também.
Afastados dos fatos e notícias sobre o resto do mundo, antes por ordem dos imperadores, agora por imposição do regime politico, acostumados com as severas regras impostas pela cultura de milênios, o povo chinês parece agora querer buscar a satisfação dos seus mais profundos desejos. Foi o que transpareceu na belíssima festa de abertura dos Jogos Olímpicos. Além do show de luzes, cores e efeitos especiais tão bem preparados para encantar o planeta, além do resgate das contribuições que a China deu ao desenvolvimento do mundo, a alegria e o orgulho estampados nos rostos dos chineses na platéia foram um espetáculo a parte.
Não bastasse tudo isso, a primeira medalha de ouro destes jogos vai para a China, através de Xiexia Chen, uma menina que quebrou o recorde de Atenas 2004, em levantamento de peso.
Parabéns ao povo chinês !!! Que os Jogos Olímpicos de Pequim sejam apenas o início das muitas conquistas que vocês desejam.

leia mais...