Sífilis Congênita

quinta-feira, 23 de outubro de 2008


Durante o mês de Outubro a Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), com o apoio do Programa Nacional de DST/Aids e da FEBRASGO, promove por todo o território nacional uma campanha voltada à eliminação da sífilis congênita. Na Bahia o evento conta com a parceria da Coordenação Estadual de DST/Aids e do Centro de Referência Estadual das DST/Aids (CREAIDS).
Com a finalidade de conscientizar a sociedade para o combate a esta doença, a campanha deste ano tem como lema "Homem, faça o exame da sífilis".
Também conhecida como lues ou cancro duro, a sífilis é uma doença infecto-contagiosa, de evolução crônica. A transmissão ocorre por via sexual, outros contatos íntimos ou também de mãe para filho, seja durante a gestação ou durante o parto, quando a criança pode ter contato com lesões maternas.
O agente etiológico (causador) é o Treponema pallidum, patógeno exclusivo do ser humano.
Sabe-se hoje, no Brasil, que a taxa de prevalência da sífilis em gestantes é quatro vezes maior do que a do HIV, correspondendo a algo em torno de 48.000 grávidas com sífilis a cada 3 milhões de partos/ano. Isso significa 12.000 casos de sífilis congênita, com consequências sérias que vão desde o aborto expontâneo até mal formações congênitas. Conforme dados do Ministério da Saúde, a maioria das mães de crianças infectadas (54%) está na faixa dos 20 a 29 anos de idade e que 75, 8% delas fizeram pré-natal, tendo sido diagnosticada a sífilis em 53,7% delas.
Segundo Dr. Roberto Fontes, presidente da Regional Bahia da SBDST, é necessário refletir sobre a qualidade da assistência pré natal oferecida a essas mulheres e a seus parceiros, colaborando diretamente para a manutenção deste cenário. E alerta, "...fato praticamente imutável é a pouca atenção dada ao tratamento do parceiro...apenas 16,6% deles são tratados."
Conforme objetivos estabelecidos pela ONU, em 2000, a erradicação da sífilis congênita compõe o conjunto de Metas do Milênio, por um mundo mais justo e solidário. Apesar do diagnóstico fácil, tratamento bem estabelecido e das estratégias para o controle, esta doença permanece sendo um desafio para profissionais de saúde, gestores e sociedade.
Participe você também desta campanha. Incentive as gestantes a realizarem exames pré natal e esclareça seus parceiros sobre a importância em colaborar. Os benefícios serão para todos !!


Colaboração do Dr. Roberto Fontes, amigo de muitos anos, parceiro na luta contra as DST em nosso Estado
Bibliografia:
-Deessetologia no Bolso
Passos, Mauro Romero Leal - 2004
-Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em saúde
Programa Nacional de DST/Aids
-Manual de Orientação Dst/Aids
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)

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Câncer de mama tem cura

quarta-feira, 15 de outubro de 2008


O câncer ou neoplasia é basicamente um distúrbio da multiplicação celular, devido a alterações no seu DNA. Pode ser invasivo (metastático) quando as células cancerosas alcançam a corrente sanguínea e vão se implantar em outros órgãos além daquele de origem.
A formação do câncer de mama obedece a um processo que ocorre em 3 etapas: iniciação, promoção e progressão.
A iniciação é a lesão do DNA, que, apesar de poder ser herdada ou adquirida, em apenas 5 a 10% dos casos decorrem de herança genética familiar. A promoção é a multiplicação dessas células com DNA alterado e a progressão é quando as células cancerosas invadem a membrana basal, alcançando os vasos capilares e linfáticos, podendo atingir, assim, outros órgãos como pulmões, ossos e fígado. Ao contrário do que se pensa, não apenas as mulheres podem ter câncer de mama. Estima-se que para cada 200 casos em mulheres existe um em homem.
A eficácia do tratamento está fortemente ligada à detecção precoce do câncer.
As estratégias para prevenção do câncer de mama são de 2 tipos: prevenção primária que visa evitar a sua formação, e a prevenção secundária que tem como objetivo a detecção precoce.
Faça sua parte, previna-se !! A prevenção primária depende basicamente das suas atitudes. Acostume-se a fazer o auto-exame uma vez por mês, logo após o período menstrual. Se você não tem útero ou já está na menopausa estabeleça uma data mensal para seu auto-exame. Assim você aprende a conhecer suas mamas e as alterações que elas apresentam durante seus ciclos, que, na maioria das vezes são fisiológicas, ou seja, são normais.
Adquira hábitos saudáveis como alimentação pobre em gorduras, evite cigarros e bebidas alcoólicas em excesso, pratique exercícios regularmente.
A partir dos 40 anos, uma vez ao ano faça uma consulta ao seu Mastologista e realize mamografia e ultrassonografia mamária. Estudos revelam que o intervalo de tempo entre a primeira divisão celular anormal e o aparecimento de uma lesão palpável de 1 cm é de aproximadamente 10 anos e que o sucesso do tratamento com a detecção precoce é superior a 90%, na maioria das vezes sem que haja necessidade da retirada completa da mama.


Aprenda a fazer o auto-exame:
- em pé, em frente a um espelho, com braços para baixo, observe os mamilos e o contorno e superfície das mamas
- levante os braços e torne a observar
- deitada, use os dedos da mão esquerda para palpar a mama direita com movimentos circulares e suaves; repita o mesmo procedimento com a mão direita para palpar a mama esquerda.
Caso você fique em dúvida com o que você está palpando, procure seu Mastologista. Ele vai lhe orientar e, se for necessário, prosseguirá com a investigação.
Lembre-se sempre: a prevenção é a forma mais segura e eficaz de evitar o câncer de mama e, não acredite se lhe disserem que fazer mamografia dói...o que dói mesmo é ver mulheres com câncer de mama por falta de prevenção.


Solange Portela, ginecologista

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Obesidade, combata esta epidemia

sexta-feira, 10 de outubro de 2008



















Até há alguns anos atrás considerada uma doença de adultos, a obesidade vem atingindo cada vez mais as crianças e os adolescentes, passando a ser considerada como uma epidemia mundial. A sua associação a alterações metabólicas como dislipidemia, hipertensão arterial e intolerância à glicose aumentam o risco para o diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares e hipotiroidismo, entre outros.
Fatores fisiológicos, metabólicos e genéticos são importantes na gênese da obesidade, porém, diversos estudos apontam para as mudanças no estilo de vida, como o sedentarismo, e hábitos alimentares que incluem na dieta alimentos ricos em gorduras e açucares, como determinantes para o aumento da incidência da obesidade, sobretudo em crianças e adolescentes. Sabe-se também que quanto maior o tempo de duração da obesidade maiores os riscos para doenças cardiovasculares.
O diagnóstico de obesidade é dado pela avaliação clínica e interpretação do Índice de Massa Corpórea. Este índice é reconhecido mundialmente como padrão para avaliar o grau de obesidade e é calculado por uma equação onde se divide o peso (Kg) pela altura ao quadrado (m2) de cada indivíduo. Calcule o seu e siga a tabela abaixo:

  • abaixo do peso ............IMC abaixo de 18,5
  • peso normal ................IMC entre 18,5 a 24,9
  • sobrepeso ...................IMC entre 25,0 a 29,9
  • obesidade grau I ..........IMC entre 30,0 a 34,9
  • obesidade grau II..........IMC entre 35,0 a 39,9
  • obesidade grau III ........IMC acima de 40,0

Fatores ambientais determinados pela vida moderna, sobretudo nos grandes centros do mundo ocidental, como alimentos industrializados com altas taxas de lipídios e glicídios, comodidades como o uso de controles remotos e telefones celulares, e o forte impacto da mídia sobre as crianças colaboram de forma expressiva com a carga genética de cada indivíduo, facilitando o surgimento da obesidade.
A alimentação equilibrada, rica em fibras, frutas e verduras, com baixo teor de gorduras e açucares, em horários regulares, além do incentivo à prática de exercícios físicos são a melhor receita para a prevenção da obesidade, principalmente entre as crianças e adolescentes.


A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional Bahia, em parceria com a ABESO, Laboratórios Sanofi Aventis, Aché e Roche, promove mais um evento em Salvador, voltado à orientação da população quanto à prevenção e tratamento da Obesidade.
Colaboração da Dra. Ana Maria Ribeiro, endocrinologista, organizadora do evento.

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Tireóide, nosso escudo

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A tireóide é uma glândula em forma de borboleta, que se localiza no pescoço, em frente à traqueia e logo abaixo da laringe. Seu nome deriva da palavra grega "escudo", a princípio pela sua localização e anatomia, porém sabemos que ela é também um escudo no sentido de proteger e equilibrar diversas funções do corpo humano. A tireóide produz e armazena em seus folículos os hormônios T3 e T4 que são liberados na corrente sanguínea, a depender das necessidades metabólicas de cada indivíduo. Essa produção por sua vez é mediada pelo TSH, um outro hormônio secretado pela glândula hipósife que se encontra na sela túrcica, na base do cérebro.
A tireóide pode sofrer várias patologias, algumas desencadeadas por fatores ambientais, outras por deficiências na ingestão de vitaminas e iodo e, até mesmo a desnutrição. As mais conhecidas são o hiper e o hipotiroidismo, porém existem também os bócios, os tumores, o mixedema, as tiroidites, entre outros.
Os sintomas muita vezes passam despercebidos ou podem ser confundidos e/ou mascarados por outras patologias. O auto exame é uma importante arma na detecção precoce das possíveis alterações da tireóide.
Com a intenção de alertar e informar a população de Salvador sobre questões ligadas a essa glândula tão especial e única do nosso organismo, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia regional Bahia patrocina este importante evento e convida todos a participarem das atividades programadas para sábado, 04/10, no Farol da Barra, em Salvador, a partir das 8:00hs.


Colaboração da minha amiga, Dra. Ana Maria Ribeiro, endocrinologista e Examelia


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