Parecia que seria mais um dos muitos e absurdos casos de violência sexual contra adolescentes. Poderia também ser mais um caso de gravidez indesejada na adolescência. Afinal, eram mãe, 33 anos, com o semblante assustado, demonstrando insegurança e, filha, 18 anos, grávida e a fisionomia querendo mostrar uma maturidade que não é própria da idade.
Ah, mas quanto engano nessas deduções, à primeira vista tão óbvias, porém, precipitadas. Vanessa nascera em consequência de um estupro sofrido por Cátia aos 15 anos e agora trazia a mãe à consulta por uma outra violência sofrida há poucos dias. O ar assustado e inseguro de Cátia nada mais era que a exteriorização da sua deficiência mental que a torna quase que em uma criança. O ar maduro de Vanessa é o reflexo mais profundo da sua realidade de vida, com plena consciência das limitações da mãe e das injustiças por ela sofridas.
Traz consigo uma pasta onde guarda exames, receitas e relatórios sobre sua mãe, os quais ela, preocupada, faz questão de mostrar.
Porém, nada disso tira dela a alegria e a esperança. Seu primeiro filho, aliás, filha e se chamará Clara, amada e desejada por ela e pelo namorado, nascerá dentro de alguns dias, ela conta com um sorriso e um brilho no olhar que nada consegue esconder.
É para ela, Vanessa, minha homenagem no Dia das Mães. Para essa menina que aprendeu a ser mãe cuidando da própria mãe e de si mesma, enfrentando desafios, superando dificuldades e preservando o amor dentro do seu coração. Que Clara encha de luz e alegrias a vida de Vanessa e que ela possa, finalmente, viver as etapas da vida como elas de fato devem ser.
"A missanga, todas a vêem.
Ninguém nota o fio que,
em colar vistoso, vai compondo as missangas." (Mia Couto)
A história, infelizmente, é verídica. Os nomes são fictícios.
Ah, mas quanto engano nessas deduções, à primeira vista tão óbvias, porém, precipitadas. Vanessa nascera em consequência de um estupro sofrido por Cátia aos 15 anos e agora trazia a mãe à consulta por uma outra violência sofrida há poucos dias. O ar assustado e inseguro de Cátia nada mais era que a exteriorização da sua deficiência mental que a torna quase que em uma criança. O ar maduro de Vanessa é o reflexo mais profundo da sua realidade de vida, com plena consciência das limitações da mãe e das injustiças por ela sofridas.
Traz consigo uma pasta onde guarda exames, receitas e relatórios sobre sua mãe, os quais ela, preocupada, faz questão de mostrar.
Porém, nada disso tira dela a alegria e a esperança. Seu primeiro filho, aliás, filha e se chamará Clara, amada e desejada por ela e pelo namorado, nascerá dentro de alguns dias, ela conta com um sorriso e um brilho no olhar que nada consegue esconder.
É para ela, Vanessa, minha homenagem no Dia das Mães. Para essa menina que aprendeu a ser mãe cuidando da própria mãe e de si mesma, enfrentando desafios, superando dificuldades e preservando o amor dentro do seu coração. Que Clara encha de luz e alegrias a vida de Vanessa e que ela possa, finalmente, viver as etapas da vida como elas de fato devem ser.
"A missanga, todas a vêem.
Ninguém nota o fio que,
em colar vistoso, vai compondo as missangas." (Mia Couto)
A história, infelizmente, é verídica. Os nomes são fictícios.
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