Efeito placebo

terça-feira, 21 de abril de 2009



Vem da época das cavernas a necessidade dos enfermos serem amparados e, para tanto, sempre houve entre os povos indivíduos cuja função social era dar apoio aos companheiros de sua tribo. A primeira pessoa de que se tem notícia na história da humanidade a exercer essa função foi encontrada através de desenhos nas cavernas de Cro-Magnum, na França, por volta de 20.000 anos a.C., considerado o primeiro profissional diferenciado a iniciar a história da medicina. Os mistérios que envolvem o uso de medicamentos, os rituais, as religiões e seus deuses por muito tempo se confundiram nas figuras de sacerdotes, feiticeiros, bruxas e pajés. A credibilidade desses indivíduos se baseava não apenas no respeito e veneração mas, também, na possibilidade de previsão do futuro. Não por acaso, William Osler afirma no início do Século 20: "o que diferencia os homens dos animais é o desejo dos primeiros de serem medicados".

Por volta de 400 anos a.C., Hipócrates desenvolve seus estudos sobre a evolução das doenças e, por consequência, seus prognósticos. Aliado a isso, a noção de que muitas doenças são provocadas por agentes invisíveis (bactérias, vírus e parasitas) e o manuseio de plantas medicinais reforçam a liderança e credibilidade de médicos e curandeiros na maioria das sociedades, atribuindo um poder místico aos medicamentos e a quem os administra, independente do resultado alcançado ser bom ou mau.
Efeito placebo é definido como o conjunto de fatores não farmacológicos que influenciam a ação dos medicamentos. Em outras palavras, o efeito psicológico ou fisiológico de qualquer medicação, não devido à sua ação farmacológica. A ânsia pela cura ou alívio dos sintomas age subjetivamente e condiciona a resposta terapêutica.
As manifestações causadas pelo efeito placebo podem aparecer de forma negativa ou ativa. O efeito negativo está diretamente ligado ao modo como se dá a relação entre médico e paciente e até a maneira de apresentação da receita.
Já a forma ativa é capaz de alcançar altos índices de remissão e até cura, sobretudo quando ao remédio inativo for acrescentado algum princípio ativo sem eficácia para o tratamento a ser efetuado.
Quem já não sentiu alívio de uma situação de stress após um copo de água com açúcar e afeto ?

Fonte: Famacodinâmica - Charles Edward Corbertt, 5ª edição

Um comentário:

Ari Lopes disse...

Solange

Obrigado pela visita ao meu Blog.
Gostei do seu Blog, vou por um link em Saude Completa.


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Abraço

Ari